Foi durante esta semana que o Continente anunciou a abertura do seu novo espaço no Jardim do Arco do Cego, em Lisboa. Contudo, esta não é uma abertura normal, já que neste laboratório não existem caixas registadoras.
Embora muitos pensem que esta é uma loja, na verdade trata-se de um laboratório. Porquê? Porque é aqui que a empresa de retalho vai fazer experiências com a colaboração dos clientes, sublina Frederico Santos, Diretor de Inovação e Transformação Digital no Continente.
Como fazer compras num supermercado sem caixas registadoras?
Contrariamente ao que acontece com os supermercados convencionais, neste laboratório não existem caixas registadoras. Por isso, a pergunta que se impõe é: como são feitas as compras?
Apesar de parecer complexo, a verdade é que muito simples: à entrada, os clientes têm que se identificar com um código QR na aplicação para o smartphone. Assim é fácil relacionar o cliente com os produtos adquiridos, fazendo o devido débito direto assim que sair da loja.
Segundo Frederico Santos, “nesta loja de 150 metros quadrados, no teto temos cerca de 200 câmaras, e há 400 prateleiras espalhadas pelos expositores”. Por isso, além de câmaras, existem sensores complexos nas prataleiras capazes de pesar tudo o que nelas é posto e a localização. Quanto à comunicação, ela é feita graças a 20km de cabos.
Continente segue passos da Amazon
Embora seja novidade em Portugal, os supermercados Continente não são os pioneiros neste modelo de loja. A Amazon já tinha investido num modelo de supermercados sem caixas. Aliás, até à data era o único “investidor”.
Além de Portugal, existem mais duas lojas sem caixas registadoras na Europa.